imaginem um abraço
o meu queixo pousado no teu ombro
e eu viajando no teu cheiro
pelos trilhos do silêncio
é o cenário possível
de um homem sozinho
de cerveja na mão
sentado na varanda
olhando a lua
e a comer pimentos padrão
comê-los contigo era perfeito
como olhar esta cidade à noite
olhá-la contigo era pensar
noutras formas de ver
E obrigado ao Adolfo e ao Miguel.
19 comentários:
Desculpa?...já sei. Apanhaste gripá.
porra, tu és rápida!
Só não entendi uma coisa...
Porquê é que, havendo uma cervejola fresquinha e pimentos de padrón (que uns picam e outros non) eu não estou também nessa varanda???????
Amuei.
opá, deve ser porque estamos todos aqui, nos blogues. grande parte das coisas boas da vida acabam por assim nos passar ao lado.
mas pode sempre arranjar-se qualquer coisa. tu tens varanda? eu tenho sempre cerveja e pimentos padrão.
Epá, sou capaz de arranjar uma varanda se é esse o preço.
Dá-me ai uns diazitos.
Eu arranjo.
Mas quero a cervejola bem fresquinha.
Pode ser cerveja tuga, também é boa.
não é "também boa" é melhor. vá esquece, ninguém diminuí assim a cerveja portuguesa e partilha comigo uma varanda.
Pronto, está esquecido.
De qualquer modo, arranjar uma varanda assim do nada até é meio trabalhoso.
Deixa estar, que amanhã vou ao "Lidel" e compro os meus próprios pimentos e uma cerveja marca branca.
Grande festola!
eu vou com as minhas cervejas todas bebe-las de tolada ali para a janela! hummpf
Se O Manel escreve assim, quero ser como o Manel quando crescer. Obrigada, Manel por nos trazeres poesia aqui ao Brain.
Beijinho bom
serenna
A varanda eu tenho. E a Lua.
Vocês trazem o resto, tá bem?
E tragam o Manel e o Adolfo e o Miguel.
porra, faltou o do adolfo e do miguel:
Estou farto disto
Não posso mais
Todos os dias
Passam iguais
Como um fantasma
Com escorbuto
Corro a cidade na busca de um xuto
Speed ou heroa
Coca ou morfina
Tudo me serve
Como vacina
Desde que traga a santa narcotina
Furam-me os ossos
Caem-me os dentes
Reflicto ao espelho sinais indigentes
Mas o pavor
É da ressaca e da dor
Já desvairado
Com tanta volta
Sempre sem ver
Poda ou recolta
Fico em suores
Vem-me a carência
Sinto-lhe a mão sem qualquer clemência
Pica-me as pernas
Prende-me as costas
Fere-me os tímpanos
Em dores expostas
No rito ansioso do coçar das crostas
Não posso mais
Tudo o que eu quero
É ver-me livre deste ruim desespero
Um caldo tal
Que seja um ponto final
Os últimos pimentos padrão que comi obedeciam ao antigo ditado espanhol:
"pimientos de padrón, unos pican otros pican tambén, cabrón"
- tive que beber todo o vinho que tinha em casa. E asseguro-te de que em minha casa há sempre muio vinho.
también*
(e nem sei se isto existe)
Tiagugrilo, también está realmente bem escrito.
Mesmo depois do vinho todo!
Pronto, fico eu com os picantes que são os únicos que gosto.
Eu tenho varanda, tenho minis, tenho o Lidel aqui ao lado...só faltava mesmo o adolfo, né? Mas confesso que mãos mortas me arrepiam...
Eu não sou rápida, A. Sou ultra-sónica.
estamos à espera do quê, então?
Que a noite chegue, ora!
A noite já chegou. Estao à espera do que?...
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