quinta-feira, março 30, 2006

tira #6


quarta-feira, março 29, 2006

Festim Nú

"Sempre fui um rapaz muito popular, tinha os meus amigos com quem passava grande parte do tempo, tinha boas notas e era o orgulho dos meus pais. Até que um dia um dos meus amigos perguntou-me se tinha selos de correio, eu disse-lhe que não, que normalmente usava o e-mail ou o Messenger para contactar as pessoas. Ele disse que não era nada disso, disse-me que os usava para colecções e deu-me alguns selos para experimentar.

Ao início comecei por coleccionar uns pacotes de açúcar, alguns selos, tudo muito leve, para mim bastava. Mas chegou uma altura em que isso já não me chegava, comecei a coleccionar moedas e outros objectos mais pesados, como relógios e antiguidades. Foi nessa altura que comecei a fechar-me, deixei de ter tempo para ir à escola, comecei a passar menos tempo com os meus amigos até deixar de lhes falar por completo, só pensava em quando é que ia arranjar algo novo para a minha colecção, custasse o que custasse.

Tinha vergonha de sair à rua e fazia de tudo para que a minha família não descobrisse que me tinha perdido para o mundo do Coleccionismo..."

quarta-feira, março 22, 2006

Grande Reportagem

Seguem os relatos de pessoas cujo único mal era serem demasiado inocentes:

relato 1:



relato 2:

terça-feira, março 21, 2006

Sou um homem velho, não me macem... onde é a latrina?

Eu, como muitas pessoas (pelo menos é o que espero) não gosto de usar a casa de banho pública para a menos nobre das excreções corporais.
Sempre pensei nesta minha opção de vida como uma escolha higiénica, mas devido a acontecimentos recentes dei comigo a pensar no assunto de outra forma.

Todo o processo é relativamente inibidor e perigoso, para o nosso cérebro reptiliano. Desde o reduzido espaço, ao total desconhecimento do que se passa fora desse espaço, leva-nos a um estado de stress insuportável por qualquer ser humano (ou apenas a mim)

Estar reduzido a um espaço confinado, é algo que por si só pode criar bastante tensão, mas aliado ao pensamento de a qualquer momento alguém pode entrar e que nós não seremos capaz de ocultar algo que uma simples porta não esconde, pode ter efeitos irreversíveis ao orgulho de uma pessoa.

Realmente alguém pode entrar a qualquer momento, se tivermos sorte essa mesma pessoa não demorará muito tempo, e basta esperarmos que essa pessoa se vá embora para prosseguirmos o serviço. Mas há casos em que a pessoa não entrou para uma visita rápida, e vem fazer-nos companhia para o cubículo adjacente e o pensamento de que apenas uma fina parede de cimento separa todo o som, invade-me. Ai inicia-se uma luta, nenhum dos lados está disposto a ceder, nenhum quer soltar algo mais... mais sonoro e tudo pára, até que alguém desiste e sai antes mesmo de começar.

Mas o pior caso é quando estamos a sair e nesse mesmo momento alguém conhecido entra e é impossível ocultar a marca da nossa vergonha...

Mas nem sempre espaços pequenos são sinónimos de desconforto. Gosto particularmente dos provadores de roupa, que vejo como pequenos jardins Zen, onde paro para me sentir uno comigo mesmo e pensar na vida e no mundo que me rodeia, como as pessoas que estão lá fora à espera que eu saia.

quinta-feira, março 16, 2006

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________<meta http-equiv="Content-Type"
________content="text/html; charset=iso-8859-1" />
________<title>sem titulo</title>
____</head>

____<body>
________<strong>HTML é a mais promíscua de todas as ________linguagens de programação e eu odeio-a por
________isso</strong>
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dormente

quarta-feira, março 15, 2006

tira #5


terça-feira, março 14, 2006

O brain estruming não se esqueceu de comemorar

3.1415926535897932384626433832795028841971693993751
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81857780532171226806613001927876611195909216420...

podia passar o dia todo nisto

segunda-feira, março 13, 2006

Como é que ninguém repara


Que tal uma embolia cerebral?

Prefácio por ∀: Cérebros?... não sei nada sobre cérebros!

O cérebro humano é engraçado e quando me refiro a cérebro humano é do meu cérebro que estou a falar, que é o único sobre o qual sei alguma coisa. O cérebro é capaz de resolver os mais complexos problemas, às vezes de maneiras que nós nem nos apercebemos como o fez, pelo o menos o meu faz isso. O número de ligações possíveis entre neurónios é superior ao número de átomos do universo e mete num chinelo o computador mais rápido do mundo e os que estiverem para vir.

No entanto o cérebro é matreiro, engana-nos leva-nos a fazer o que ele próprio não quer. Quando comentava a cerimónia de Óscares (que ainda não vi) com o ZeMoG, ele disse-me que tinha adormecido a meio, num dos intervalos. Isso lembrou-me a altura em que a TVI passava 2 episódios do Seinfeld às 3 da manhã, e eu passava a noite acordado para os gravar. Gravava o primeiro episódio, e no intervalo antes do segundo episodio, parava a gravação, para não gastar cassete. Nesse intervalo o meu cérebro começava a falar comigo, “descansa um bocadinho”, “aproveita para fechares os olhos por um bocado”, “não faz mal nenhum”, “…é claro que acordas antes do início do segundo episodio” …eu nunca acordava.

Apesar de o meu cérebro querer ver e gravar o Seinfeld, enganava-se a si próprio para não o ver, com promessas falaciosas.

Também não eram raras as vezes em que ele me dizia algo como, “Ninguém vai descobrir”, ou “não é assim tão alto”. Desde sempre o meu cérebro conspirou para me tramar e tem tido sucesso.

domingo, março 12, 2006

Eu também queria uma medalha

A tomada de posse do novo presidente da Republica, teve direito à maior operação de segurança na história de Portugal.

Porquê? Ninguém quer saber do desenvolver da politica em Portugal, nem mesmos os Portugueses. Por isso porquê tanto alarido?

A razão é simples, as forças de segurança estavam lá para proteger Cavaco Silva de José Sócrates e Mário Soares, que não me pareceram nada bem dispostos durante a cerimónia.

Jorge Sampaio não fazia parte do esquema, por estar demasiado ocupado a distribuir as ultimas medalhas.

sexta-feira, março 10, 2006

Posso estar enganado

Não costumo ver futebol, aborrece-me. Mas ontem faltou-me força e vontade de tentar outras coisas e cedi. Vi o Benfica a dar 2 bolas a zero ao Liverpool, o que me deixou algo contente, como sempre que vejo algo português a prevalecer.

O segundo golo, que é o que me trás aqui, foi feito marcado pelo Miccoli, depois de um suposto passe de Beto. Suposto porque o passe foi tão forte, que quase derrubou o pequeno Miccoli, levando algumas das pessoas com quem estava ver o jogo a pensar que o Beto não estava a passar a bola, mas sim a rematar à baliza. E eu digo, nem eu que tenho o pé tão torto que quase chuto para trás falhava daquela maneira.

O que acho é isto, o Beto queria realmente passar ao Miccoli, só que a diminuta estatura de Miccoli fê-lo achar que este poderia estar mais longe do que aparentava... e rodeado de gigantes Ingleses. Como Miccoli parecia estar a pelo menos 300 metros, o Beto encheu o pé para o passe... e é tudo o que tinha a dizer sobre isto. Agora deixo-vos a letra de uma música que alguém resolveu usar, impunemente, como nome no blogocubo.


I Might Be Wrong
(radiohead)

I might be wrong
I might be wrong
I could've sworn I saw a light coming on

I used to think
I used to think
There was no future left at all
I used to think

Open up, begin again
Let's go down the waterfall
Think about the good times and never look back
Never look back

What would I do?
What would I do?
If I did not have you

Open up and let me in
Let's go down the waterfall
Have ourselves a good time, it's nothing at all
It's nothing at all
Nothing at all

Dont look back
And there again

terça-feira, março 07, 2006

Tenho umas sapatilhas novas...

...há quase um mês. Ontem calcei-as pela primeira vez, as minhas sapatilhas já andavam rotas há algum tempo e apesar de já ter as novas continuei a usa-las.

Tudo tem o seu processo de inclusão na minha vida, as sapatilhas não são excepção. Antes de iniciarmos qualquer acto mais íntimo, somos ambos submetidos a um processo de habituação. Inicialmente coloco as sapatilhas num local de pouca visibilidade, ou ainda melhor, deixo-as dentro do saco. Passado uma ou duas semanas, coloco-as num local de maior visibilidade, onde seja confrontado com a sua existência todos os dias, e habituando-me à ideia de que o contacto físico será inevitável!

Passadas 3 semanas da compra original, ponho-as junto à cama. Como normalmente me descalço em qualquer local de casa e normalmente sempre longe da cama, a ideia de calçar as novas e bastante próximas sapatilhas, torna-se cada vez mais apetecível, e o inevitável acontece saindo para rua com as minhas sapatilhas novas...

Finalmente passado quase um mês de vergonhosas caminhadas com um calçado roto, ando com umas sapatilhas novas, bastante desconfortáveis, com um irritante e totalmente inesperado chiar.

segunda-feira, março 06, 2006

Paradoxo da Tosta Mista e outras histórias

A maior parte das pessoas segue os três objectivos de vida, ter um filho, escrever um livro e plantar uma árvore. Eu alegremente trocava os últimos dois por criar um paradoxo e talvez até consiga criar um paradoxo ao realizar o primeiro objectivo, mas isso agora não interessa para nada.

Há já alguns anos (não estou a exagerar) que tento criar um paradoxo, até agora só tenho o título "O Paradoxo da Tosta Mista", o que à partida limita bastante o processo criativo.

Isto é um problema recorrente, o título é a primeira coisa que escrevo e onde gasto mais tempo, enquanto o texto é feito como calha e da maneira mais rápida possível sem qualquer brio, e muitas vezes tem um destino bem diferente do título. Como por exemplo agora, já não me está a apetecer escrever mais histórias nenhumas, nem a do "Paradoxo do Papel Higiénico", como era o meu objectivo inicial, nem tão pouco falei do paradoxo da Tosta Mista, para além de dizer que ele existia.

Agora que releio o que escrevi e apesar de estar bastante fraquinho e um pouco imperceptível, acho que já só me falta ter um filho :)

sábado, março 04, 2006

Carta aberta à Net Cabo

Querida Net Cabo,

Irás ter uma morte lenta e dolorosa!


Despedimo-nos com amizade,

A e restantes moradores do N.º 111 R/C Esq.

quinta-feira, março 02, 2006

tira #3 e 4