O fim-de-semana que passou, tive direito a um daqueles momentos pai e filho. O meu pai queria limpar umas placas de metal que para lá tinha e para o efeito temos um ácido fraquinho, que deixava as placas bem catitas. Só que tanto eu como o meu pai achamos que o acido era fraquinho demais e estava a demorar muito tempo.
Tínhamos ali perto um garrafão de ácido sulfúrico, que o meu pai usa para dar camasso* dos clipes** do vizinho e resolvemos verter um pouco para dentro do garrafão de ácido fraquinho, a ver se despachávamos o trabalho. Fiz um funil, com o topo de uma garrafa de Sumol e comecei a verter o ácido, sobre o olhar atento do meu pai.
O que acabou por nos apanhar totalmente de surpresa, foi o funil e o ácido saltarem numa explosão corrosiva que me salpicou a cara. Não foi muito, nem é nada que deixe marcas duradouras (pelo menos espero), mas agora pareço o Tom Hanks, no filme Philadelphia, cheio de Sida na cara.
Concluindo, acho que toda esta experiência prova que também o juízo, tal como a falta dele, é algo que é passado de geração em geração, e que as pessoas podem nem sempre ter a presença de espírito necessária à situação
Portanto não gozem com as pessoas que por um, ou outro motivo tiveram momentos dos quais poderão não se orgulhar, pois é o património genético trazido até nós pelos veneráveis antepassados que conseguiram sobreviver a guerras, amores e à fogueira.
*o mesmo que dar cabo, estragar, matar
** diminutivo de Eucalipto
** diminutivo de Eucalipto
1 comentário:
Tens sempre o "Doutor, preciso de ajuda" da TVI :)
Rápidas melhoras!
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