quinta-feira, fevereiro 22, 2007

"A" - Uma série de acontecimentos inopinados

Jovens Máchicos e jogos simplesmente horroróicos!

Depois de um pequeno interregno, voltamos à história que é a minha vida, como eu me lembro dela e a entendo.
O ponto de exclamação do título serve para mostrar o quão excitante será a história.


Passada a primária, foi necessário mudar para outra escola, com novas crianças de costumes tão diferentes dos nossos. Pessoas de freguesias vizinhas, de quem apenas tínhamos ouvido falar. Isto levou a que a original separação que existia entre as crianças de FZJ se desvanece-se, havendo um maior sentido de entreajuda e defesa, perante este novo e bizarro inimigo.

Com este novo sentido social, novas actividades foram surgindo e as que existiam foram ganhando complexidade. Por exemplo “jogar à bola”, passou a ser um desporto em que participava toda a turma, invés de apenas os 4 da minha rua, o que levou a que o nome dessa actividade mudasse para Futebol.

Era importante mantermo-nos em forma, a pancada entre turmas era frequente. Por isso disfarçávamos o nosso treino sobre a forma de divertidas brincadeiras, para que os professores não nos viessem impedir de treinar. Um dos jogos mais frequentes era o mata. Nada que não houvesse nas outras escolas, bem sei, mas o nosso era diferente. Para já só podíamos jogar a bola com os pés... uma bola de futebol. Não havia os típicos três passes entre jogadores antes de se poder “matar” alguém, era sempre a disparar. E a única altura que o jogador era morto, era quando a bola ia acima da cintura. Mas isto não chegava, a dor de levar com uma bola de capão, na cara ou na barriga, não era suficiente, para além de que não corríamos muito. Tínhamos de treinar mais! Por isso adicionamos mais uma característica ao jogo.

Como o campo era grande e nós ocupávamos uma porção pequena dele, decidimos passar a usar toda a sua dimensão. No início do jogo escolheríamos um poste, ou árvore, o que estivesse mais longe de nós, e quando alguém apanhasse com a bola teria de correr até esse poste. Durante essa corrida os amigos eram livres de encher o “morto” de porrada. Cachaços, pontapés, rasteiras, tudo era permitido, desde que fosse conseguida a resistência à dor que pretendíamos. Nesta corrida também eram treinadas tácticas de evasão e de interceptação. Normalmente o gajo que corria mais depressa ia para a frente impedir que o “morto” chegasse ao poste e assim podermos bater-lhe mais um pouco. Este jogo infundia-nos noções de caça e fuga, pelo que era o que jogávamos mais.

Esquema do Mata:

Havia outros, que também gostávamos de jogar, como o Garrafão, a Roda, a Parede, a Garrafa, o Túnel (para minha surpresa voltei a passar por este na faculdade, pensei que tivesse ficado na infância), etc. Todos estes desportos colectivos tinham como principal objectivo dar porrada nos colegas.

Também tínhamos outras actividades com um cariz mais social, que motivassem a criação de laços. Por exemplo, quando alguém fazia anos era preparada toda uma série de festejos para comemorar esse dia. Mal chegávamos à escola o aniversariante saia disparado do autocarro e os outros iam atrás dele para o “levar à fonte”. Ir à fonte consistia em quatro pessoas agarrarem no aniversariante e colocarem-no de cu num dos bebedouros da escola, enquanto um quinto elemento carregava para sair água. Quando estava bem molhado, íamos para as aulas. Isto era de manhã quando fazia mais frio.
À tarde o aniversariante ia ao poste. Suponho que este não seja necessário explicar, já que é um clássico do nosso sistema de ensino. Mais lá para o fim da tarde, quando o tempo arrefecia, levávamos o aniversariante para a pequena estufa da escola, atirávamo-lo lá para dentro e batíamos nas paredes cheias de água ressudada pelas plantas. Eram dias bem alegres!

*o titulo é a única coisa que resta de um post que tentaria imitar a escrita da Laranja Mecânica

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Dado que ninguém me conhece melhor do que eu...

...pode-se considerar que sou o maior perito sobre mim que existe. Logo todas as observações que faça sobre esse tema, devem ser encaradas como factos!

Para começar deixo aqui uma lista de adjectivos que me descrevem:

Álacre
;
Auspicioso;
Preclaro;
Magnânimo;
Semental;
por vezes titubeante;
e confesso que também sou bastante laustríbiante;

Para finalizar a que melhor me descreve será Calipígio;

sábado, fevereiro 17, 2007

NOP - A experimentar um novo estilo de desenho

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Happy Ballantine's day


Uma escolha de 5 para celebrar/esquecer um dia que só vem complicar o que já é de si complicado.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Ironia

Estou extremamente preocupado com o facto de as pessoas poderem não estar a entender a ironia que muitas vezes tento imprimir nos posts que aqui escrevo! Estou a pensar reescrever tudo aquilo que tenho publicado, de maneira a torna-lo mais claro e simples.
Preocupa-me de sobre-maneira que as pessoas me possam ter entendido mal, nestes dois anos de Brain Estruming, provavelmente poderão nem gostar de mim. Tudo o que disse e fiz... estou deveras preocupado.

Talvez seja melhor fazer um pequeno teste, a ver se realmente tenho razões para estar preocupado ou não. Vou escrever algo irónico e depois vocês, os caros internautas, dirão se perceberam que era irónico ou não. Aqui vai:

Estou extremamente preocupado com o facto de as pessoas poderem não estar a entender a ironia que muitas vezes tento imprimir nos posts que aqui escrevo!...

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Post em que se fala do Aborto

Tou-me a cagar!

Acabou o referendo deste ano sobre o aborto.
Havia 4 hipóteses, Sim, Não, Voto em Branco ou Tou-me a cagar. Ganhou o Tou-me a cagar.

O sim ficou em segundo e portanto será discutido em Assembleia da Republica e passará a ser Lei, como prometido pelo Primeiro-ministro.
Fiquei contente por ter ganho o sim. O caminho que isto estava a levar, indicava que os referendos sobre a despenalização do aborto iriam continuar a ser feitos, até que o sim eventualmente ganhasse. Por isso suponho que ontem tenha sido a última vez que ouvimos falar de referendos. Menos uma razão para levantar o rabo do sofá a um domingo, mas ainda há as legislativas, as autárquicas e as presidenciais.
Isto leva-me a fazer um pedido. Uma das razões da abstenção foi a chuva que se fez sentir. E chuva juntamente com o sol e praia, são as duas principais razões para não se ir votar. Proponho que se comece a pensar em alturas do ano que sejam mais convenientes para se fazer o caminho até às urnas. Há coisas pelas quais simplesmente não vale a pena sair de casa.


Mas...

Mas será que alguma coisa vai mesmo mudar, agora que o aborto é despenalizado até às 10 semanas em estabelecimento legalmente autorizado? Se pensarmos que esse “estabelecimento legalmente autorizado” faz parte do Serviço Nacional de Saúde, a resposta é, não!


Listas de Espera!

Uma mulher que queira interromper a sua gravidez e se dirija a um hospital público para o fazer, terá de esperar! Será ultrapassada por todos os casos mais urgentes do que o dela e quando receber a confirmação da data da operação, muito provavelmente já teve a criança.


Todos Ganham!

Basicamente todos ganham, tanto o sim como o não. É feita a despenalização do aborto, tal como queriam os apoiantes do sim. Mas, devido à clausula de apenas poder ser feito em estabelecimentos legalmente autorizados, a probabilidade de o aborto ser realmente feito é praticamente nula, pelo que o não também sai satisfeito.

sábado, fevereiro 10, 2007

NOP - Eu!? Eu sou bonzinho!

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Juízo

Num mundo moderno e em constante mudança, é bom termos algumas coisas como certas e sobre as quais podemos alegar não ter qualquer tipo de controlo. A genética veio ajudar muito nisso. Coisas que antes eram vistas como comportamentos desregrados, ou fruto de uma educação pouco vigiada, agora podem ser culpadas em algo que não podemos controlar. Grande parte daquilo que sou e faço está intimamente ligada a genes vadios que me condicionam o comportamento e o corpo.

O fim-de-semana que passou, tive direito a um daqueles momentos pai e filho. O meu pai queria limpar umas placas de metal que para lá tinha e para o efeito temos um ácido fraquinho, que deixava as placas bem catitas. Só que tanto eu como o meu pai achamos que o acido era fraquinho demais e estava a demorar muito tempo.
Tínhamos ali perto um garrafão de ácido sulfúrico, que o meu pai usa para dar camasso* dos clipes** do vizinho e resolvemos verter um pouco para dentro do garrafão de ácido fraquinho, a ver se despachávamos o trabalho. Fiz um funil, com o topo de uma garrafa de Sumol e comecei a verter o ácido, sobre o olhar atento do meu pai.

O que acabou por nos apanhar totalmente de surpresa, foi o funil e o ácido saltarem numa explosão corrosiva que me salpicou a cara. Não foi muito, nem é nada que deixe marcas duradouras (pelo menos espero), mas agora pareço o Tom Hanks, no filme Philadelphia, cheio de Sida na cara.

Concluindo, acho que toda esta experiência prova que também o juízo, tal como a falta dele, é algo que é passado de geração em geração, e que as pessoas podem nem sempre ter a presença de espírito necessária à situação
Portanto não gozem com as pessoas que por um, ou outro motivo tiveram momentos dos quais poderão não se orgulhar, pois é o património genético trazido até nós pelos veneráveis antepassados que conseguiram sobreviver a guerras, amores e à fogueira.

*o mesmo que dar cabo, estragar, matar
** diminutivo de Eucalipto

quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Internet

Como o mais perspicaz dos nossos leitores se deve ter apercebido, este blogue anda um pouco parado. Tirando alguns bonecos, não se pode dizer que o brain tenha estado particularmente produtivo.

O que levou a esta apatia, pelo menos na parte que me toca, deve-se a uma situação bastante chata e inoportuna, que se iniciou há cerca de dois meses e durou até hoje. Durante este tempo fui continuamente privado do meu acesso à Internet por uma série de pequenos raptos, perpetrados por uma inteligência extraterrestre, apenas sendo libertado às sextas-feiras à noite, o que dava tempo de fazer um NOP, antes de voltar a ser raptado no sábado à noite.
Na quinta-feira passada eles tentaram comunicar com os leitores deste blogue, com a mensagem enigmática “csdcs” que, segundo consegui perceber, significa “invistam nos couratos”.

Hoje deixaram-me ir embora, e desejaram-me boa sorte.

Bem, é esta a explicação da falta de posts, espero que acreditem...

sábado, fevereiro 03, 2007

NOP - LED

quinta-feira, fevereiro 01, 2007

csdcs