quinta-feira, junho 16, 2011

Sou um livro aberto.

Infelizmente, muito parecido com este:

Mas com mais partes rasuradas e folhas arrancadas.

9 comentários:

Nawita disse...

Porque és pesado e tens problemas de pele?

Isa disse...

Está aberto naquela altura da tua vida em que tentaste construir uma cerca, não está?

A disse...

nawita, também...

isa, sim. mas já foi pior, já fui um livro de poesia, aí é que ninguém me entendia. estava sempre com "silêncio que as folhas fitam em nós... outono delgado
dum canto de vaga ave... azul esquecido em estagnado..."

as reticências irritavam bastante as pessoas. passava o dia a beber, não tinha amigos e tive de inventar uns com profissões fixes como médico, engenheiro e pastor.

Isa disse...

Ah Pessoa ... como eu t'entendo ...

De mim também lavraram
(Ismália era meu nome)
ser esse o meu viver
e que num Crepúsculo assim
foi que deixei de beber ...

contam que Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...


e de mais não sei ...

Acho que resolvi
meus dias terminar


(diz o poeta ...
porque o que eu queria
mesmo, era só nadar)

Isa disse...

Iô!

A disse...

manda a dica, Isa.

Isa disse...

Tens que ser mais específico, Vogal.

Morri bêbeda, lembras-te? e estas coisas ficam assim em nós pra todá eternidade.

A disse...

era só mesmo para acabar ali a conversa, que a cena já estava a ficar aborrecida.

Isa disse...

Depois admiras-te de teres amigos imaginários.