Comunicado à Nação

Este jogo que jogamos, a vida, o que conta não é o que ganhamos ou perdemos mas sim o que retiramos das experiências, boas ou más. O que interessa é que no final sejamos uma pessoa melhor, mais aberta e livre de aceitar os outros pelo que são e pelo que podem vir a ser.

Lembro-me como se fosse hoje do Maio quente de 2009, o Brain Estruming preparava-se para fazer 4 anos. Atarefado com os festejos e a confraternizar com a malta do costume, muitos agora desaparecidos da Internet, vi aparecer algumas caras às quais não estava acostumado. A Nawita, nervosa, olhar tímido, tratando toda a gente por você, inocente. A Isa, alevantada, pensando que a vida não era mais que um caminho a direito a par com a felicidade. A Gata das Botas, arrematada, cheia de ódio a tudo, principalmente a másculos bigodes lusitanos.

Acolhemo-as, apesar de todas as incapacidades que são inerentes às mulheres. Dêmos-lhes abrigo, não as privamos de nada. Ensinamos a Nawita a tratar as pessoas por tu e a santidade do matrimónio. À Isa ensinamos que a felicidade não podia caminhar a par da vida, pois assim seriam linhas paralelas, linhas rectas, complanares e equidistantes, que se propagam até ao infinito sem nunca se tocarem. À Gata ensinamos que não devia guardar o ódio, que o devia deitar cá para fora, de preferência na direcção de pessoas. Porque era para isso que estávamos cá. Apenas para estar, sempre que precisassem. A Vani, que já por cá andava, encontrou nelas "irmãs" e companheiras de brincadeira e um trampolim para a sua força nos dedos.

Passado agora tanto tempo, depois de termos partilhado tanto. É bom ver como estão crescidas, independentes e bonitas... não fosse a puta da mania de pensarem que sabem mais que nós. Que nós, que lhes ensinamos tudo! Que lhes demos carinho e recebemos como se sempre aqui estivessem estado. A quem deixamos impunemente poluir as caixas de comentários, com os seus assuntos sobre cenas perfumadas e objectos que servem apenas para proteger os pés, assustando todos os que precisavam, tal como elas, de um lugar que as recebesse. A quem ensinamos as letras e os números da Internet. A quem ensinamos a fazer batota e a usar palavras novas e bonitas. E agora pagam-nos com desprezo, autoritarismo, comportamentos despóticos inaceitáveis. Tentamos por bem que mudassem a suas perspectivas fascistas, mas afinal igualdade, justiça e liberdade são apenas palavras que decoraram, e que apenas lhes serviram quando estavam sozinhas. Mas, mais uma vez estamos aqui, para ensinar que igualdade, justiça e liberdade são mais que palavras, são perspectivas.

Por isso, se nada vêem, se os crimes destas ingratas vos permanecem desconhecidos, sugiro-vos que continuem a ignorar os acontecimentos recentes. Mas, se vêem como eu vejo, se sentem como eu sinto, e se procuram o que procuro peço-vos que fiquem do nosso lado, durante a próxima semana, para mostrar a estas terroristas o que terror realmente significa.