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Os existencialistas fazem-no sem propósito
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O abominável monstro das neves no SkiFree lembra-nos de como a vida é fugaz e que por mais que tentemos viver ao máximo, a morte sempre nos apanha.
Sísifo, ao tentar enganar a morte mantendo-a pela trela, foi amaldiçoado pelos Deuses a carregar eternamente uma pedra montanha acima, apenas para esta rolar monte abaixo assim que chegasse ao cume e voltar a ter que repetir tudo outra vez. Isto era, em toda a medida, aborrecido, porque era sem propósito. Tivesse Sísifo carregado várias pedras para construir uma casa, por exemplo, então este seria mais feliz. Haveria um propósito para o seu esforço. Então o problema não está no trabalho que tinha de fazer, mas sim no sentido vazio deste.
Então, e agora? Finda a criação da casa, que restava a Sísifo? Sentar-se a contemplar a sua obra? Isso duraria apenas alguns momentos, até que o aborrecimento voltasse a tomar conta dele. Talvez a verdadeira felicidade estivesse na tarefa, sem fim, de levar a pedra para cima do monte.
Então onde está felicidade? Eu tenho planos, metas e objectivos. Todos maravilhosos, todos se movimentam na direcção de uma vida plena de felicidade! As pessoas dizem-me para ir atrás deles, para me esforçar por os alcançar. As pessoas querem apenas o meu mal! Porque no fundo sabem que assim que eu complete os meus objectivos, vou ficar triste, porque nada mais tenho para fazer.
Não há maior felicidade que a satisfação de um trabalho bem feito? Felicidade, tal como perfeição, são conceitos que não existem. O mais próximo que conseguimos estar disso é a perspectiva de felicidade que idealizamos ter ao finalizar um projecto que está por acabar! Porque assim que acabamos, sobra apenas a angustia de termos de arranjar outro objectivo para que a nossa vida pareça ter algum sentido.
Portanto, chefe, não pense que a sua felicidade está dependente que eu entregue este produto ao cliente até dia 31, porque a verdadeira felicidade está em nunca chegar ao fim dos nossos objectivos.
Agora vá esticar o SkiFree aqui e pense naquilo que lhe acabei de dizer. Deixe para amanhã o que pode fazer hoje."
20 comentários:
"já agora, tente atravessar de costas os arbustos, verá que se transformam em cogumelos. isto é uma analogia de que a nossa percepção das coisas pode não revelar a sua real identidade, mas apenas a forma física de como queremos encarar o nosso plano de existência."
"as árvores secas, quando saltamos por cima delas, incendeiam-se? isso é o salto de fé que terá de fazer para acreditar em mim e incendiar a sua vida. é isso que quer dizer."
Pá, isto é muita filosofia para o pós festas!
É suposto pensar?
então tenho que cá voltar mais tarde...
não ligues... isto foi do açúcar todo que comi estes dias.
Encara como quiseres. No fundo, vais vê-las como as acreditares, é sempre assim. Até ao dia em que te desiludirem. Então aí, vais condená-las ao pior que nunca foram. De uma forma ou de outra, será sempre injusto. No mínimo, pouco real. A fé é muito subjectiva. Mas vale acreditar no açucar natalício. Isso sim, é uma coisa palpável :D
ahahahahahah, boa desculpa, essa, boa desculpa...
"como enrolar um chefe com existencialismos desprovidos de propósito"
confundi esse gajo com o Atlas, que carrega o peso do céu. E afinal esse gajo casou com uma das filhas do Atlas. Ele há com cada coincidencia no q toca a ofensores de deuses.
mas, há quem diga que a felicidade está no caminho que se percorre, e não no objectivo que se procura alcançar...
e tb há quem diga que o caminho só se faz caminhando.
O caminho que se percorre não deve ter objectivos? e uma vez atingidos não convém arranjar outros?
Também se pode mudar de objectivo a meio do percurso, pode-se fazer o que se quiser, desde que não a quietude da apatia à passagem da vida por nós. É suposto ser ao contrário.
E como é que se sabe o que não nos desilude se não formos desiludidos? como é que se sente seja o que for se nos progamarmos para não sentir?
Agora vou ali comer qualquer coisa doce e tentar não pensar mais no assunto. Este é o meu objectivo no momento e sim, sou uma gaja razoávelmente feliz ... porquê? algum problema?
xiii...anda tudo demasiado profundo para o pouco café q bebi hoje e para a apatia cerebral que deixei q se instalasse...
RONHA! :D é o meu objectivo de hoje.
ohhhh, Feliz natal sísifo. Eu sei que ninguém te liga. Lá por seres uma figura mitológica e poderes apenas existir no nosso imaginário, não há direito que não te cumprimentem. Não há direito!!! Tem uma boa passagem de ano! Sei que ainda tens aí mais umas quantas pedras, mas pronto força. Acho que ter uma claque também é importante. Assim, até me cansar fico contigo. Vá, upaaaa. Upa!! Upa! Já está...Muito bem. Well done. Mais uma. Vá... Só mais esta e mais aquela e mais aqueloutra...Ok, sísifo és mais aborrecido que sei lá o quê. vOU VER SE DESCUBRO um ser mitológico que me respeite e que aprecie o meu esforço.
Beijinhos
serenna
Ah, isto era suposto eu deambular pela filosofia não era? E sentir-me inspirada a escrever frases eloquentes e a transformar-me numa pessoa mais elucidada, não era? Pois, Acho que não resultou. Desculpa.
Serenna
somos seres temporais, não somos seres de momentos. tudo o que fazemos em dada altura está dependente daquilo que vivemos e daquilo que pensamos viver. o carpe diem é uma mentira, nunca o conseguiremos alcançar. e se assim é, se tudo é relativo e ontem eu não trabalhei nada de jeito, hoje, para não ficar triste, conto fazer mais do mesmo!
Bela desculpa para não trabalhar. Desculpas, mas belas na mesma.
Eu cá digo: estou de fériaaas, não me chateiem que eu estou de fériaaaaas! Que é como quem diz, não faço nenhum, nenhum mesmo e mainada.
Até comecei a beber menos café, vê lÁ.
cala-te! estás a estragar o meu espírito zen e resignado, com as tuas férias...
Existencializas-me...
A verdadeira ode ao dolce fare niente...
durante muitos anos imaginei que dolce far niente traduzisse para "farinheira doce" que seria um doce sublime... a minha vida é uma desilusão atrás da outra.
grassa,
idealizas-me...
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